Domingo, 12 de Janeiro de 2014, a cidade de Cajazeiras, no extremo oeste do sertão paraibano descansa e se apresenta deserta para quem nela chega. Realizei estas fotografias buscando lembranças de um pouco mais de vinte anos atrás, quando morei na cidade com minha família no início da adolescência.
O tempo passou e as formas foram transformadas para receber novas funções. Um esforço desnecessário buscar este passado e um constante estranhamento ao perceber a dor que os mais velhos dizem ao falar do passado. A avenida principal da época chamada Praça João Pessoa, já não parece tão iluminada; a banca de jornal não está mais lá, logo agora que poderia comprar seus quadrinhos; o fliperama onde via os caras mais velhos desenhar, também não, inclusive está a venda, ninguém mais se importa com jogos fora de casa com os novos games; o armazém agora enfrenta competição de grandes lojas varejistas; e o modelo de automóvel esportivo que era exposto graciosamente antes, com a placa do lugar, está lá como uma rugosidade se misturando a paisagem.
Como diz minha irmã: "é o que temos para hoje."
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